Poesia: Do que eu preciso?
Poesia de Eduardo Linhares
Preciso acordar todo dia do lado oposto ao dia dia anterior
Preciso enxergar um detalhe diferente da mesma flor
Preciso andar na rua detrás e na da frente também
Mas hoje vou na contramão da que vem
Preciso respirar o aroma do ar das manhãs
Preciso entender que é sempre hoje e não sei do amanhã
Preciso deixar pelo menos uma lágrima rolar
E sorrir para a vida pela capacidade de me emocionar
Preciso sentir que a vida está em movimento
Mesmo sentado parado na praça ao relento
Preciso descobrir cada dia o que não sei
E assim, além de mim, me provarei
Preciso estar com alguém ou com ninguém
Desde que o estar seja no estar bem
Assim vou precisando de tudo isso
E de nada disso também
Às vezes menos que isso
Outras vezes mais e além
Assim é a roda da vida
Onde tudo preciso e prescindo
É no olhar que convém e convida
Brada o universo: seja bem-vindo!
Sobre o poeta: Sou uma cara que próximo dos 40 resolveu mudar seu estilo de vida, o trabalho, a relação com as pessoas e com o meio. De farmacêutico me tornei acupunturista, de instrutor de cursos de farmácia me tornei professor de Medicina Chinesa, e das ideias que borbulhavam em meu interior, tento me fazer poeta. Minha proposta hoje é ser o que sou e pra isso utilizo vários caminhos e um deles é a poesia, expressão do sentimento em relação à vida, às pessoas e ao universo. É isso aí, Namastê!
Aceito que não preciso de nada, só preciso aceitar
Depois disso, tudo está certo!
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