Poesia: Meu doce furacão
Meu doce furacão
Poesia de Eduardo Linhares
Num certo momento tudo começou
A vida num minuto se transformou
Rumos forçados a natureza forjou
E agora, pra onde vou?
Novas possibilidades eu vi
Além de ver, vivi
Pude viver porque senti
Conjuguei o verbo mudar, parti
No meio de tantos acontecimentos
Outras surpresas me atordoaram em vários momentos
Sem trégua em contínuo movimento
Diz o coração: seja bravo, não há espaço para lamentos
E no olho do furacão
Sinto a presença das possibilidades
O vento me leva ou permaneço no chão?
A escolha é essência, é verdade!
Ah linda vida, continuas a impressionar
Ensinas nas chagas e nas esquinas
Ensinas na dor, ensinas a amar
Hoje percebo que cada dia é oportunidade
Que o tempo existe no egoísmo e na vaidade
Que o outro me espelha a grandeza e a pobreza
De quem sou, para onde vou, e lá no fundo
O que realmente necessito é perdoar e me amar!
Sobre o poeta: Sou uma cara que próximo dos 40 resolveu mudar seu estilo de vida, o trabalho, a relação com as pessoas e com o meio. De farmacêutico me tornei acupunturista, de instrutor de cursos de farmácia me tornei professor de Medicina Chinesa, e das ideias que borbulhavam em meu interior, tento me fazer poeta. Minha proposta hoje é ser o que sou e pra isso utilizo vários caminhos e um deles é a poesia, expressão do sentimento em relação à vida, às pessoas e ao universo. É isso aí, Namastê!
Aceito que não preciso de nada, só preciso aceitar
Depois disso, tudo está certo!
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